segunda-feira, 5 de outubro de 2009


Amália (2)






Aqui, apenas com link, umas das melhores interpretações de "Barco Negro".



Amália - 10 anos depois





[...]

Se é crime ou pecado
Mas eu sou assim
E fugindo ao fado,
Fugia de mim.
Cantando dou brado
E nada me dói
Se é pois um pecado
Ter amor ao fado
Que Deus me perdoe.

[...]


Gracias, Mercedes





Mercedes Sosa nasceu na Argentina...

sábado, 26 de setembro de 2009


o presidente que temos



[...]

O dr. Cavaco é useiro e vezeiro em actuar deste modo, quando as coisas não lhe correm a jeito. Não está à altura das funções para que foi eleito. Falta-lhe grandeza, clarividência e coragem. O mesmo aconteceu quando dirigiu o País durante duas décadas. Sobrava-lhe em dinheiro vindo de Bruxelas o que lhe faltava de perspectiva, de génio político, de estratégia nacional. Encheu o País de betão. Apenas isto. E criou uma esfera de crispação que atingiu as raias da esquizofrenia. É dramático que a memória dos portugueses seja obnubilada pela insistência dos mitos. O dr. Cavaco não foi um grande primeiro-ministro, como não é um grande Presidente da República. É um homem mediano, embaiado nos seus pequenos interesses, e um político medíocre, sem jeito para falar, pouco à-vontade com as pessoas, assustadiço, ressentido e vingativo.

[...]

Baptista Bastos

O restante aqui



Enquanto reflectimos...




sábado, 12 de setembro de 2009


Em Creta com o Minotaurus


I

Nascido em Portugal, de pais portugueses,
e pai de brasileiros no Brasil,
serei talvez norte-americano quando lá estiver.
Coleccionarei nacionalidades como camisas se despem,
se usam e se deitam fora, com todo o respeito
necessário à roupa que se veste e que prestou serviço.
Eu sou mesmo a minha pátria. A pátria
de que escrevo é a língua em que por acaso de gerações
nasci. E a do que faço e de que vivo é esta
raiva que tenho de pouca humanidade neste mundo
quando não acredito em outro, e só outro queria que
este mesmo fosse. Mas se um dia me esquecer de tudo,
espero envelhecer
tomando café em Creta
com o Minotauro,
sob o olhar de deuses sem vergonha.

II

O Minotauro compreender-me-á.
Tem cornos, como os sábios e os inimigos da vida.
É metade boi e metade homem, como todos os homens.
Violava e devorava virgens, como todas as bestas.
Filho de Pasifae, foi irmão de um verso de Racine,
que Valery, o cretino, achava um dos mais belos da “langue”.
Irmão também de Ariadne, embrulharam-no num novelo de que se lixou.
Teseu, o herói,e, como todos os gregos heróicos, um filho da puta,
riu-lhe no focinho respeitável
O Minotauro compreender-me-á, tomará café comigo, enquanto
o sol serenamente desce sobre o mar, e as sombras,
cheias de ninfas e de efebos desempregados,
se cerrarão dulcíssimas nas chávenas,
como o açúcar que mexemos com o dedo sujo
de investigar as origens da vida.

III

É aí que eu quero reencontrar-me de ter deixado
a vida pelo mundo em pedaços repartida, como dizia
aquele pobre diabo que o Minotauro não leu, porque,
como toda a gente, não sabe português.
Também eu não sei grego, segundo as mais seguras informações.
Conversaremos em volapuque, já
que nenhum dos dois o sabe. O Minotauro
não falava grego, não era grego, viveu antes da Grécia,
de toda esta merda douta que nos cobre há séculos,
cagada pelos nossos escravos, ou por nós quando somos
os escravos de outros. Ao café,
diremos um ao outro as nossas mágoas.

IV

Com pátrias nos compram e nos vendem, à falta
de pátrias que se vendam suficientemente caras para haver vergonha
de não pertencer a elas. Nem eu, nem o Minotauro,
teremos nenhuma pátria. Apenas o café,
aromático e bem forte, não da Arábia ou do Brasil,
da Fedecam, ou de Angola, ou parte alguma. Mas café
contudo e que eu, com filial ternura
verei escorrer-lhe do queixo de boi
até aos joelhos do homem que não sabe
de quem herdou, se do pai, se da mãe,
os cornos retorcidos que lhe ornam a
nobre fronte anterior a Atenas, e, quem sabe,
à Palestina, e outros lugares turísticos,
imensamente patrióticos.

V

Em Creta, com o Minotauro,
Sem versos e sem vida,
sem pátrias e sem espírito,
sem nada, nem ninguém,
que não o dedo sujo,
hei-de tomar em paz o meu café.


jorge de Sena

sexta-feira, 11 de setembro de 2009


11 de Setembro



2001







1973





domingo, 26 de julho de 2009


Oh, sr. engenheiro!




Como é que se chega a engenheiro sem ser capaz de fazer um raciocínio destes? Isto não é um erro de contas como o do camarada Guterres...

quinta-feira, 16 de julho de 2009


Filmes



Foi no final da década de sessenta que tive conhecimento da sua existência. Nesses tempos, estava fora de questão uma ida ao cinema sem que antes consultássemos a sua opinião, que é como quem diz, lêssemos no DL a sua crítica.
Pois é, já há muito tempo que Lauro António faz parte do meu pequeno/grande mundo...
Passei há umas semanas no "Lauro António apresenta" e deparei com este post. Desta vez fiquei cheia de inveja por nunca ter sido capaz de escrever algo, pelo menos, parecido pois é um filme que também já vivi mais de uma vez.
Pelo que me ensinou sobre cinema, pelo que me ajudou na compreensão de alguns filmes e, finalmente, pela narrativa da experiência comum (a última até teve o mesmo cenário) vai o meu agradecimento a Lauro António.

domingo, 5 de julho de 2009


Nesta coisa da nacionalidade...



estou baralhada em relação à atitude de Maria João Pires.

Entretanto, ouço-a.



Maria João Pires plays Chopin Nocturne No.2 Op.9 No.2 in E flat major. Andante

quinta-feira, 2 de julho de 2009


Ai Pino, Pino...


Foi desta maneira que Manuel Pinho respondeu a Bernardino Soares.





terça-feira, 30 de junho de 2009


Pina Bausch (1940-2009)




Em "Fala com Ela", o filme que a deu a conhecer a um público mais diverso.



Pina Bausch II




Um excerto da Sacração da Primavera coreografado por Pina Bausch.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ajude a AMI




Escreva 502 744 910 no quadro 9 do anexo H da sua declaração de IRS e dê à AMI 0,5% do seu imposto.

Ajude a AMI sem custos para si.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ao que chegámos...



"The OECD had no input into the contents of the report, which remain the responsibility of the authors themselves. However, the authors used an approach similar to that used by the OECD in assessing education policies over a number of years."

Pode ler-se o artigo completo aqui

Pois pois...







"O que está em causa é evitar um pântano de natureza político e é o restabelecimento pleno da relação de confiança entre governantes e governados" - António Guterres, 16 Dez 2001

(via 5 dias e 31 da Armada)


Sócrates (4ª declaração, igual às anteriores)


Depois de criar o suspense, agora muito em moda, a montanha pariu um rato...




sábado, 24 de janeiro de 2009


Quantos seremos?


Não sei quantos seremos, mas que importa?
Um só que fosse e já valia a pena,
Aqui na terra, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena.
Não podemos mudar a hora da chegada
Nem tão pouco a mais certa, a da partida,
Mas podemos partir à descoberta,
Do que presta
E não presta
Nesta vida.
E o que não presta é isto:
Esta mentira quotidiana
E triste
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.

Miguel Torga


Para todos os colegas profs que não entregaram, ou não vão entregar, os OI.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009


Mudam-se os tempos...




Espero que o segundo verso se concretize.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009


Por uma Escola Digna




"[...]

Colega,

o que lhe pedimos é que mantenha ou mesmo reforce a pressão sobre o Ministério com mais uma grande greve no dia 19 de Janeiro, 2º ano de publicação do Estatuto de Carreira Docente que nos vai desgraçando – a nós, mas também às escolas em que trabalhamos. Os professores, através dos seus sindicatos, “decretaram” então que o dia 19 de Janeiro seria sempre um dia de luto e de luta enquanto o ECD não fosse profundamente alterado. Este ano, os professores aprovaram, em 8 de Novembro, que seria um dia de greve nacional. Mas é uma greve que assume ainda maior importância porque, pressionado pelas lutas dos professores e educadores, o ME aceitou iniciar um processo de revisão do ECD a partir de 28 de Janeiro. A força negocial dos sindicatos também depende do sucesso desta greve.

Não hipoteque o futuro. O seu e o da Escola Pública. Faça greve no dia 19 de Janeiro!



O Presidente do SPGL

António Avelãs"

sábado, 10 de janeiro de 2009