quinta-feira, 1 de novembro de 2007


O que se diz por aí (I):


JORNAIS:

No DN, "As Sondagens Da Rutura" por Baptista Bastos

Não gosto de escrever isto: mas José Sócrates mentiu, descredibilizou todos os princípios de progresso e de justiça contidos na doutrina do seu partido, tripudiou sobre os códigos genéticos de uma certa esquerda, desrespeitou os eleitores e desacreditou as palavras, em nome de uma receita pessoal. A fraude não poderia manter-se. O confronto político estava retirado, inexistia ou se dissolvia numa inutilidade loquaz. As coisas mudaram de figura. A consistência deste Executivo é tão frágil que duas ou três brandas declarações de Menezes se transformaram em hecatombe.

e,"O FRACASSO DA ESCOLA PÚBLICA?" por Pedro Lomba

Também eu sou um produto da escola pública. Também me irrito quando vejo o ensino público comandado por sábios e distante das necessidades do mundo que devia servir. Como Rui Tavares fez no Público, penso nos meus velhos colegas de liceu da Padre Alberto Neto (já agora, 168 no "Ranking"). Tínhamos uma escola heterogénea. Um de nós foi quase o melhor jogador de futebol da nossa geração. Outro pertenceu à boys-band Excesso. Havia uma miúda muito gira que já não é tão gira e acabou em modista. Há escolas que produzem estadistas, a minha gerou cançonetistas, desportistas e este vosso escriba anafado. Mas quando penso em todos os meus ex-colegas que não contribuíram para a nossa subida no ranking ou que ficaram pelo caminho, não me ocorre atribuir responsabilidades à escola pública. Nem a eles. A vida é complicada.



BLOGUES:

No "Zero de conduta" um conjunto de excelentes posts a propósito da disputa ensino privado/ensino público sob o título: "A distopia liberal sobre a escola pública" I, II, III, IV.





1 comentário:

Anónimo disse...

O ensino - nomeadamente a ideologia que está por detrás de todas as decisões do ministério em matéria pedagógica e científica - está entregue a esse monstro corporativo que supõe ter toda a verdade do seu lado. O estatuto do aluno e o seu regime de faltas é apenas mais um episódio lamentável a acrescentar a tantos outros. É, geralmente, gente que não conhece a escola real, que não tem contacto com o dia-a-dia das escolas, que imagina os professores como meros instrumentos ao seu dispor para as experiências mais descabidas. As vítimas dessas experiências descabidas são os nossos filhos - e é o seu futuro. Por isso, o sinal dado pelo Ministério é definitivamente mau e constitui um erro grave, desculpabilizando os alunos faltosos, penalizando os alunos cumpridores e sobrecarregando os professores e as escolas com outra categoria de "desprotegidos" os que, deliberadamente, faltam às aulas. Tudo para adulterar e manipular as estatísticas, o que é grave demais."

Francisco José Viegas, Escritor,"É mau de mais para ser verdade"no Jornal de Notícias online